Independentemente do porte ou do mercado em que a organização atua, a forma com a qual se escolhe administrar uma empresa é parte essencial para determinar se suas metas principais serão ou não atingidas.
Seria possível existir algum modelo de gestão capaz de auxiliar no aumento da produtividade, obtenção de resultados e ainda gerar um nível elevado de engajamento de colaboradores em um negócio?
É aí que a chamada gestão de resultados organizacionais aparece como uma opção que vem sendo cada vez mais adotada no ambiente corporativo.
O que é Gestão por Resultados Organizacionais?
É um modelo de administração de negócios, conhecido também pelos termos em inglês Management by Objectives (MBO) ou Management by Results (MBR). O conceito teve sua origem na década de 1950, na obra “The Practice of Management”, do austríaco Peter Drucker, considerado o “pai da administração moderna”.
Como o próprio nome sugere, a gestão por resultados organizacionais é uma forma de administrar uma empresa tendo os resultados como foco principal das atuações de todos os profissionais envolvidos nos negócios.
Dessa forma, busca-se uma melhoria no desempenho da organização ao voltar os olhares para as metas a serem atingidas, e não apenas para os processos, como ocorre no modelo de gestão tradicional.
Características do Modelo
A palavra-chave sempre será uma: resultados – e continuará sendo em todos e quaisquer processos da empresa. Para optar por esse modelo de gestão, você precisa entender que a aplicação desse conceito trará algumas características essenciais aos seus negócios:
1. A responsabilidade é de todos
Todos os funcionários, independente das diferentes funções que desempenham na organização, serão responsáveis pelos resultados gerados pela empresa. Isso inclui até mesmo as perdas ou oportunidades desperdiçadas. E, ainda, todos os profissionais estarão envolvidos na seleção dos objetivos a serem alcançados e deverão ter seus esforços reconhecidos.
2. Integração das unidades de negócios
As diversas unidades de negócios deverão contribuir com cada uma de suas tarefas específicas, mas deverão trabalhar juntas, de maneira integrada e voltadas para resultados em comum. Com isso, as relações entre lideranças e liderados são mais próximas, com uma troca de informações mais fluida.
3. Resultados – e não processos
Nesse modelo, claro que há certas diretrizes para serem cumpridas. Entretanto, não há de fato uma imposição de determinadas formas de agir ou de realizar uma ação. O foco sempre será os resultados desejados e não os variados processos e procedimentos desempenhados na organização.
Leia também: Conhecendo os 3 Níveis do Planejamento Estratégico.
Quais as vantagens para uma empresa?
1. Melhor comunicação e integração
Como há uma relação mais próxima entre os funcionários de diversos níveis hierárquicos, a comunicação no ambiente de trabalho é melhorada. Os processos se tornam mais integrados, a partir do maior compartilhamento de informações, da maior frequência de feedbacks e colaboração entre os profissionais dos mais variados cargos. Experiências diversas são compartilhadas e todos aprendem com todos. Tudo isso resulta em um ambiente organizacional muito mais harmonioso.
2. Mais motivação
Sim, os funcionários são partes essenciais para que os resultados da empresa sejam alcançados. Mas, nesse modelo, eles são ainda mais do que isso: todos são considerados responsáveis e participam de perto nos processos de definição de objetivos.
Ao serem valorizados e sentirem que verdadeiramente fazem parte dos negócios, a motivação e autoestima dos profissionais aumentam. Há uma tendência comprovada de que as pessoas se engajam mais em projetos de autoria própria em comparação a tarefas apenas impostas por terceiros.
Assim, é perceptível que todos se sentem mais motivados quando percebem que fazem realmente parte de um processo decisório, de que fazem a diferença em um projeto.
3. Objetivos mais claros
Quando resultados são construídos e planejados de maneira conjunta, os objetivos da empresa e de cada um de seus colaboradores parecem ser muito mais claros. E, com objetivos mais evidentes definidos no planejamento estratégico, fica mais fácil alcançá-los.
4. Mais produtividade
Profissionais que se sentem parte da organização, responsáveis pelos resultados, com objetivos muito claros e constantemente engajados são sinônimo de uma maior produtividade da empresa.
Como colocar em prática?
A gestão de resultados organizacionais devem obedecer a 5 principais etapas:
1. Revisão dos objetivos da empresa
É preciso que os gestores tenham uma visão mais ampla dos negócios, conhecendo as características e intenções da empresa. É imprescindível refletirem e estarem seguros dos objetivos da organização – tanto a curto, quanto a longo prazo.
2. Definição dos Objetivos do Time
Lideranças e liderados devem definir juntos os objetivos e resultados de seus trabalhos. Eles devem estar de acordo com tais metas e com os prazos estabelecidos para alcançá-las.
3. Monitoramento do Processo
É muito importante acompanhar o processo para atingir os resultados buscados antes do prazo final estabelecido. Assim, com certa frequência, reúna líderes de equipe e liderados para avaliarem juntos as atividades desempenhadas até então e compará-las com os objetivos determinados. Essa é a etapa ideal para detectar e realizar mudanças, se necessárias.
4. Avaliação de Desempenho
Essa parte consiste em avaliar o desempenho dos colaboradores, tanto individualmente, quanto em grupo. Os objetivos acordados foram atingidos? Ou não?
5. Recompensa
Por fim, os trabalhadores receberão recompensas pelos resultados alcançados.
"Reconhecimento é a melhor forma de estimular alguém". Mário Sérgio Cortella
Vale a pena implantar o modelo de gestão por resultados organizacionais?
A gestão de resultados organizacionais traz vantagens comprovadas às empresas ao adotar um modelo que traz maior flexibilidade nos processos, um melhor relacionamento corporativo interno e maior motivação entre os colaboradores. Não é sem motivos que desde 1954 vem sendo estudado e implantado nos mais variados negócios.
A gigante da tecnologia HP , por exemplo, é um dos casos mais famosos de adoção dessa forma de gestão empresarial. Entretanto, antes de eleger o modelo, é essencial refletir e conseguir determinar os objetivos reais da organização. E não é só isso: é preciso colaboração. Todos os profissionais devem trabalhar de maneira conjunta e integrada.
Partindo desses dois pontos, os resultados estabelecidos poderão finalmente ser alcançados e seus negócios conhecerão uma maior produtividade através da gestão por resultados organizacionais.
Portanto, para uma excelente gestão por resultados, é necessário que se conheça o perfil, as motivações, competências e demais soft e hard skills dos colaboradores e líderes e a RHEIS Consulting pode lhe ajudar para alavancar o seu negócio. Consulte-nos.
Leia também: O que é Lean Seis Sigma.
Sugestão de Livros:
Execução: A disciplina para atingir resultados (Larry Bossidy, Ram Charan);
Apaixone-se pelo problema, não pela solução (Uri Levine);
Gestão de Alta Performance: Tudo o que um gestor precisa saber para gerenciar equipes e manter o foco em resultados (Andrew S. Grove);
Gestão de Processos: Melhores Resultados e Excelência Organizacional (Adriana Amadeu Garcia, Luis Cesar G. De Araujo, Simone Martines);
Scrum: A arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo (Jeff Sutherland, J.J. Sutherland);
Scrum: Guia prático: Maior produtividade. Melhores resultados. Aplicação imediata. (Jeff Sutherland);
O Verdadeiro Poder (Vicente Falconi Campos);
Qualidade Total - Padronização de Empresas (Vicente Falconi Campos);
Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia a Dia (Vicente Falconi Campos);
TQC: Controle da Qualidade Total no Estilo Japonês (Vicente Falconi Campos).
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