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Gestão da Inovação

Antes precisamos definir o que é inovação. Inovação é a ideia de um novo produto, processo de produção ou a agregação de novas funcionalidades que impliquem no aumento de qualidade ou produtividade. São práticas que resultam em ganho de competitividade no mercado.


Para a empresa crescer, evoluir e sobreviver, é necessário enfrentar os desafios da concorrência, que hoje é globalizada. Inovar, então, é uma das principais formas de agregar valor ao seu negócio.

Muito se tem dito a respeito de inovação para as empresas, atualmente, com prevalência no uso de novas tecnologias para qualificar o processo. Acontece que a gestão inovadora tem muito do investimento em soluções tecnológicas. Só que não apenas isso. A inovação pode vir de dentro e também de uma nova postura dos colaboradores e da instauração de novos processos.

A gestão inovadora ou da inovação é uma prática que consiste no acompanhamento das principais tendências e soluções corporativas, envolvendo a empresa em todos os aspectos com treinamentos, capacitações e tecnologias que ajudem a suprir e antecipar as demandas.

O resultado disso é imediato: mais produtividade com menos uso de recursos. E, potencialmente, mais motivação e engajamento dos colaboradores. Quer entender os motivos para isso e por que a sua empresa deveria investir o quanto antes em uma gestão inovadora? Basta seguir, então, com a leitura do nosso artigo e inspirar-se em nossas sugestões!


O que é gestão inovadora?


Em resumo, a gestão inovadora é uma prática que consiste no acompanhamento das principais tendências e soluções corporativas, envolvendo a empresa em todos os aspectos.


Isso tudo, por meio de treinamentos e capacitações, para a gestão de pessoas, avaliações contínuas e no trato dos recursos humanos e nas relações com o consumidor. E, sem dúvidas, o auxílio pontual de novas tecnologias que ajudem a suprir e antecipar as demandas.


Afinal, os tempos mudaram — e muito — nas duas últimas décadas. As organizações corporativas que ainda não se atentaram a isso perderam vantagens competitivas.

É só perceber o valor que essa mudança de atitude agrega à rotina de uma empresa — e isso independentemente do seu porte ou ramo de atuação.


Vamos tomar como exemplo imediato a geração millennial. Movido por desafios e mudanças constantes, esse perfil de profissional não se adapta à rigidez de uma cultura organizacional tradicional e inflexível.


Detalhe: os millennials já correspondem a, pelo menos, 50% de toda a força de trabalho dos dias atuais. Vale, ainda, dissociar a ideia de que inovação é um termo pertinente apenas às mentes mais brilhantes do século.


O trabalho de uma gestão inovadora é aplicado com muito esforço e criatividade, sim, mas com planejamento coletivo e com atenção a uma série de fatores, como:


Fatores importantes para o planejamento da gestão inovadora:

  • O conhecimento de todo o fluxo de trabalho da empresa, para identificar oportunidades e gargalos produtivos em cada uma de suas etapas;

  • O momento mercadológico e as tendências consolidadas que podem ser aplicadas na realidade da sua empresa;

  • O perfil dos seus colaboradores e o nível de motivação no trabalho, buscando a sua contínua manutenção e aperfeiçoamento;

  • As ações da concorrência e a avaliação estratégica de quais podem ser aproveitadas e moldadas, e quais devem ser descartadas;

  • O nível de satisfação do seu público-alvo com relação às suas soluções e ao atendimento prestado pelas suas equipes.

Vale salientar que essas atitudes devem vir acompanhadas de um desafiador trabalho de flexibilidade na mentalidade e no comportamento da cultura da empresa. A rigidez dos processos perdeu espaço para o dinamismo da Era Digital. E a gestão inovadora está intimamente associada esses preceitos tão fundamentais na organização de nossa sociedade, hoje em dia.


Quais são os tipos de inovação?


Na década de 1990 os países da OCDE criaram um manual com as diretrizes básicas de políticas públicas para a promoção da inovação, que levou o nome de Manual de Oslo. Esse manual é considerado a "bíblia" para implementação de processos de inovação, onde traz os conceitos básicos de inovação de produto, inovação de marketing e inovação de processo.

Após o Manual de Oslo, houve uma padronização de conceitos. Muitos teóricos, professores, empresas que inserem programas de inovação e governos nas sua práticas públicas de inovação, adotam Oslo como ponto de partida e de chegada.

De acordo com o Manual de Oslo (2005), uma inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um novo processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas.

No Brasil, o Órgão que mede a inovação nas empresas é o IBGE, juntamente com o seu setor PINTEC.

Neste sentido, trouxemos aqui os detalhes resumidos sobre cada um deles.


1. Inovação de produto

Vamos ao que diz o Manual, visto que ele é a base do nosso entendimento.

Uma inovação de produto é a introdução de um bem ou serviço novo ou significativamente melhorado no que concerne a suas características ou usos previstos. Incluem-se melhoramentos significativos em especificações técnicas, componentes e materiais, softwares incorporados, facilidade de uso ou outras características funcionais.

Então, temos como inovação de produto, um produto em si. Ou ainda, um serviço. Ele deve ser novo no MUNDO, sim no mundo. E não é só um Google que vai dizer isso, mas sim as pesquisas em banco de patentes.

Além disso, pode ser um produto melhorado. Como? Pensa num carro! O carro que tínhamos na década de 1950 e os carros que temos hoje. Ainda continuam sendo carros, mas significativamente melhorado.

E não é melhoria de enfeitar com laço, ok? É uma melhoria que realmente representa uma inovação. Voltando ao carro temos como exemplo, os motores flex.


2. Inovação de processo

Entre os tipos de inovação, esse é muito comum, mas difícil de identificar de forma rápida. Um produto sabemos o que é. Um serviço, temos a ideia. Mas e o tal do processo?

Diz o Manual:

Uma inovação de processo é a implementação de um método de produção ou distribuição novo ou significativamente melhorado. Incluem-se mudanças significativas em técnicas, equipamentos e/ou softwares

Desta forma, estamos falando de método. Assim, se você desenvolveu um processo para sintetizar uma molécula, por exemplo, é uma inovação de processo; ou ainda, se você melhorou uma técnica já existente para produzir um novo carro, também estamos falando de inovação de processo.

Protocolo de Manchester

O protocolo de Manchester é um exemplo de inovação de processo. Ele é uma classificação que permite analisar o grau de urgência de pacientes. O uso desse esquema aumenta a eficiência do atendimento, porque dá condições para um atendimento mais adequado.



3. Inovação de marketing

Uma outra inovação é a de marketing. Gosto muito dessa e ela é pouco lembrada como inovação, mas muito lembrada como algo legal que aconteceu.

Segundo o Manual:

Uma inovação de marketing é a implementação de um novo método de marketing com mudanças significativas na concepção do produto ou em sua embalagem, no posicionamento do produto, em sua promoção ou na fixação de preços.

Vamos lhe mostrar um exemplo que vai ser bem fácil de entender. Você lembra dessa campanha? A campanha da Coca-Cola foi lançada em 2015 e mudou a forma como muito de nós consumimos esse produto. A campanha foi uma inovação de marketing.


E como estamos falando de inovação, é importante entender que não é só algo bacana, bem feito. Precisa, contudo, trazer mais vendas ou melhorar o desempenho.

Ou seja, está voltado ao impacto. Aquela ação que possibilita às empresas a se posicionarem melhor suas marcas. Enfim, algo que seja significativo.

Outro elemento importante é o design. Acima de tudo, o design em um produto pode ser um elemento inovador. Seja na embalagem, no formato. No aproveitamento de materiais. Em suma, algo que traga inovação para aquele produto.


4. Inovação Organizacional

Já vou deixar a dica do exemplo. Pensa num ambiente Google… Isso é inovação organizacional!


Para o Manual:

Uma inovação organizacional é a implementação de um novo método organizacional nas práticas de negócios da empresa, na organização do seu local de trabalho ou em suas relações externas.

Não é complicado. Contudo, não é tão simples de nós acharmos inovações organizacionais. De qualquer modo, gosto dos exemplos de ambientes de trabalho. Aqueles que saem das salas fechadas para as áreas abertas, integradas. Eles promovem a interação. Isto é, permitem a troca de ideias. E aí, se produz mais e melhor.

Por isso, os coworkings são ambientes abertos. Porque se constatou que a inovação organizacional traz melhorias para os negócios.


Quais os pontos-chave da gestão da inovação nas organizações?


Para compreender melhor o que é gestão de inovação e como ela funciona nas organizações, podemos dividir o conceito em 4 pontos-chaves: capacidade de inovação, estrutura, cultura e estratégia.

  • Capacidade de inovação: engloba as diferentes habilidades e recursos que a organização possui para criar e gerenciar a inovação – com destaque para a capacidade das pessoas buscarem a inovação. Análise de dados de cliente e de tendências do mercado para orientar decisões e melhorar a performance da empresa no são os grandes trunfos do momento

  • Estrutura: representa o potencial de inovação de acordo com a estrutura organizacional, os processos e a infraestrutura da organização. Nesse momento é importante avaliar os canais de comunicação, a infraestrutura da empresa, o uso de softwares de inovação, entre outros fatores.

  • Cultura: trata-se da mentalidade adotada pela organização em relação à inovação. Em uma cultura que incentiva o surgimento de novas ideias, é muito provável que surjam boas soluções inovadoras. Em termos de profundas transformações digitais, ter uma cultura data driven inteligente é fundamental para a competitividade empresarial.

  • Estratégia: os gestores têm o papel de definir o planejamento estratégico que a organização tem para alcançar o sucesso a longo prazo. Ou seja, é o elo que conecta a inovação com os objetivos buscados pela empresa.


Quais são as vantagens em aplicar a gestão inovadora?


Embora o trajeto tenda a ser desafiador — afinal, estamos falando da ruptura de uma cultura organizacional, em muitos casos —, os benefícios da gestão inovadora são variados.


E, muitos deles, são ganhos imediatos. Isso significa que a sua empresa se adapta rapidamente às exigências e necessidades do mercado e não demanda tanto tempo para alcançar isso. Abaixo, destacamos algumas das principais vantagens em aplicar a gestão inovadora:


1. Mais competitividade para a empresa


Ao reinventar os processos, cuidar dos talentos internos e promover melhorias qualitativas no investimento tecnológico, é imediata a transformação da empresa. Consequentemente, você se distancia da concorrência, que pode ainda estar resistente à ideia de aplicar a gestão inovadora. Ou mesmo que tenha identificado soluções de menor impacto.


2. Transforma a sua marca em autoridade


Muito se fala, atualmente, em agregar mais valor. As empresas devem traduzir isso nos seus produtos ou serviços, mas internamente também. Fazer com que os colaboradores se tornem “embaixadores” da marca, e ajudem a consolidar a reputação da empresa no mercado.


Uma cultura de inovação permite que você obtenha a retenção de talentos e, ainda, que atraia indivíduos no mercado em busca de uma empresa com essas características.


3. Contribui com a manutenção do engajamento dos colaboradores


Vamos tomar como exemplo uma empresa que tenha investido em um software de gestão para o RH. Nesses casos, muitas tarefas podem ser automatizadas, providenciando mais tempo livre para os profissionais do setor trabalharem em elementos estratégicos.


Um deles é a motivação dos funcionários. As avaliações passam a ser mais frequentes e aprofundadas, identificando eventuais problemas antes que eles evoluam. E uma empresa que consegue minimizar essas questões e evoluir a satisfação geral do seu quadro de colaboradores tem muito a ganhar. Afinal, profissionais felizes trabalham muito mais e melhor!


4. Ajuda na organização de processos internos


Por fim, convém mencionar que os processos internos passam a ser melhor organizados. A própria tecnologia citada anteriormente é um fator relevante. Mas não apenas ela: a gestão inovadora faz um mapeamento de todo o fluxo de trabalho. Isso permite que os processos sejam avaliados constantemente e monitorados.


Como resultado, a organização se torna parte permanente da cultura organizacional da empresa.


Como implementá-la?


Até aqui, vimos o que é a gestão inovadora e quais são os benefícios da sua aplicação. Falta, portanto, compreender o caminho para o seu planejamento e execução para colher os resultados mencionados anteriormente.


Para facilitar, abaixo nós compilamos um completo passo a passo para que a gestão inovadora seja absorvida plenamente no DNA da organização onde você trabalha.


Tenha um planejamento estratégico. Saiba para onde você deseja orientar o desenvolvimento da empresa antes de apontar soluções tidas como inovadoras; identifique, então, as situações que podem ser aprimoradas e quais são as respectivas soluções para cada uma delas; envolva as equipes no processo.


Uma das grandes características da gestão inovadora é a ruptura da hierarquia vertical de liderança, por isso, compartilhe ideias e abra os canais de comunicação para que os colaboradores participem ativamente do processo; monitore e acompanhe as principais métricas avaliadas por meio dos objetivos traçados. Elas vão ajudar a consolidar a atenção dos responsáveis pelas mudanças e, então, avaliar constantemente se a empresa está no caminho certo ou se ajustes são necessários.


Com base no que vimos, anteriormente, vamos usar novamente o exemplo do software de gestão. Uma vez identificada a sua necessidade, o responsável pela implementação do projeto deve ter, previamente, o objetivo esclarecido e toda a transição mapeada.


Assim, ao longo do processo é possível avaliar quais foram os resultados imediatos, com essa mudança, e quais foram as melhorias identificadas. No dinamismo promovido pelas soluções tecnológicas, há como ter os dados à mão facilmente, contribuindo para um monitoramento eficaz e cujo tempo de resposta é curto.


Leia também: Design Sprint e o RH.

Existem desafios na implementação da gestão inovadora?


Como já havíamos antecipado, a gestão inovadora pode não ser tão fácil quanto os seus idealizadores gostariam. Afinal, nem todo ponto de ruptura é feito da noite para o dia.


Mas isso varia de acordo com a própria cultura da organização. Existem empresas que já lidavam com um modelo mais flexível e que, diante de uma solução apontada como diferenciada, consegue realizá-la sem grandes obstáculos no percurso.


Além disso, outro desafio a ser observado é o impacto das soluções avaliadas. Pois, como também já mencionamos, a concorrência também deve estar atenta à implementação de uma gestão inovadora.


Só que, da mesma forma que uma solução pode funcionar para o concorrente, o mesmo pode não servir adequadamente para a sua rotina. Não vale, portanto, imaginar uma solução genérica.


A cultura de uma gestão inovadora está na personalização de estratégias e na sua aplicação de acordo com a demanda, necessidades e objetivos de cada empresa. Aí está o grande desafio.

 

FIQUE ATENTO COM AS DIFERENÇAS:


Criatividade significa desencadear o potencial da mente para conceber novas ideias e, portanto, é algo mais subjetivo. Invenção tem a proposta de trazer ao mundo algo que não existe, apenas isso, criar algo novo, sendo um requisito para patenteabilidade. A Inovação surge com a melhoria de um produto, processo ou serviço já existente ou a criação de algo novo que seja comercializável ou absorvido pelo mercado e gere negócio.



Faça o download abaixo da Ferramenta 4Ps da Gestão Inovadora.






Fontes:

Curso: Capacitação Web NAGI/USP); Manual de Oslo 3ª Edição e Sebrae.


 

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