Uma verdade universal é que uma empresa é tão boa quanto seus funcionários. Por isso, um dos processos fundamentais dentro da rotina do setor de Recursos Humanos é o de recrutamento e seleção.
Durante o recrutamento e seleção de pessoas, os melhores candidatos são escolhidos para as vagas que estão em aberto na empresa e, a partir disso, passam a integrar o quadro de funcionários. Apesar de parecer um processo simples, o recrutamento de pessoas requer muito cuidado, além de técnicas específicas para que tudo flua da forma mais rápida e eficaz possível.
Quer saber mais sobre como funciona o recrutamento e seleção? Continue lendo e conheça todos os segredos para um processo de recrutamento e seleção otimizado e que realmente vai gerar resultados para sua empresa.
O que é Recrutamento e Seleção (R&S)?
Antes de mais nada, é preciso dizer que recrutamento e seleção pode ser tanto um processo, quanto uma área do conhecimento dentro da própria estrutura de recursos humanos. De modo geral, recrutamento e seleção podem ser conceituados pelas duas palavras que fazem parte de seu nome, que, ao contrário do que muitos pensam, não são sinônimos.
Por isso, é imprescindível entender a diferença entre recrutamento e seleção para entender como funciona o processo. Veja o que significado cada uma dessas palavras e qual sua importância.
O que é Recrutamento?
Em Recursos Humanos, o recrutamento é a parte do processo que cuida de atrair candidatos mais capazes para preencher vagas que estão em aberto em uma empresa. O objetivo do recrutamento de pessoas é encontrar o maior número de pessoas qualificadas para ocupar um cargo, de modo a aumentar as chances de conseguir um funcionário que se encaixe bem na estrutura da empresa.
Mas não se engane! Esse processo não acontece somente quando há vagas em aberto, ele é contínuo e somente se intensifica durante este período. Uma empresa bem preparada está sempre de olho em possíveis novos talentos!
O que é Seleção?
Já a seleção é a segunda parte do processo. Ela passa a ocorrer quando há um certo número de candidatos previamente recrutados para a vaga e possui o objetivo de escolher quem ocupará o cargo em questão.
Essa escolha é feita por meio de uma ampla gama de processos e técnicas de recrutamento e seleção, que possuem o intuito de avaliar os candidatos da maneira mais justa possível. Algumas maneiras de realizar essa seleção podem incluir:
provas escritas;
testes de habilidades;
entrevistas presenciais ou por Skype;
vídeos;
dinâmicas em grupo;
e muitos outros.
Mas então, o que é recrutamento e seleção? Em resumo, podemos definir como o processo de atrair e escolher candidatos para preencher uma vaga, analisando diversos fatores para isso. São muitos os critérios considerados neste processo, que vão desde competências profissionais e técnicas até questões de compatibilidade com a cultura organizacional.
Qual a importância do Recrutamento e Seleção (R&S)?
A realização de um processo de recrutamento e seleção adequado tem se tornado uma parte importante na estrutura empresarial. Isso porque tem muitos benefícios e pode otimizar diversos setores e funções, gerando, assim, mais lucro e eficiência.
Além disso, uma seleção e recrutamento adequados podem ajudar na redução do turnover na empresa, fazendo com que haja menor rotatividade. Outra vantagem positiva é a redução de custo, já que, quanto menor o turnover, menos processos de contratações e, por consequência, menos dinheiro gasto.
Mas não é só isso, se as escolhas de funcionários forem corretas e adequadas ao perfil da empresa, é certo que a produtividade será muito maior e a relação entre os colaboradores será bem mais positiva – o que ajuda, também, na redução do absenteísmo.
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Para completar, a sucessão de liderança também será mais fácil, uma vez que você terá apenas pessoas bem capacitadas, qualificadas e propriamente alinhadas com a visão e missão da sua empresa no quadro de funcionários.
Quais são os tipos de recrutamento e seleção?
Há diversas formas para se realizar um processo de recrutamento e seleção. No entanto, elas podem ser divididas em quatro categorias principais, sendo elas:
recrutamento interno;
recrutamento externo;
recrutamento misto;
recrutamento online.
Você deve escolhê-las com cuidado, uma vez que elas possuem características distintas e são menos ou mais adequadas dependendo da situação. Confira mais detalhes sobre elas a seguir.
1. Recrutamento interno
O recrutamento interno é um processo que ocorre dentro da própria empresa. Ou seja, a busca pelo funcionário ideal se volta para o ambiente interno e fica restrita aos colaboradores já contratados.
Os principais benefícios desse tipo de recrutamento são:
redução de custo;
facilidade de análise de perfis;
aumento da moral no ambiente de trabalho;
maior rapidez no processo;
retenção de talentos;
e muitos outros.
2. Recrutamento externo
Este é o modelo de recrutamento mais comum nas empresas. O recrutamento externo se caracteriza pela busca de novos talentos no mercado de trabalho para o preenchimento das vagas em aberto, ou seja "fora" da empresa. Ele também possui suas vantagens, que são:
oxigenação de ideias;
aumento da motivação;
facilidade de instituição de novas práticas organizacionais;
aumento do capital intelectual;
e outros.
3. Recrutamento misto
Já o recrutamento misto é, como o nome já diz, uma mistura dos dois processos anteriores. Ele analisa, ao mesmo tempo, candidatos externos e internos para o cargo. Dessa forma, é possível conciliar uma abertura para novos talentos, com a possibilidade de valorizar os que a empresa já possui.
4. Recrutamento online
Recentemente, outra forma de recrutamento começou a aparecer no mercado: o recrutamento online. Ele se refere a processos de contratação que são feitos primariamente pelo meio digital.
Nesses casos, é feito o uso de softwares e ferramentas para realizar todas as etapas do recrutamento e seleção. É um tipo de recrutamento que requer técnicas específicas, mas pode trazer ótimos benefícios, tais como:
rápida divulgação;
maior alcance;
comunicação facilitada com os candidatos;
pré-seleção com filtros;
automatização de tarefas complexas;
e muitos outros.
Como é o processo de recrutamento e seleção?
O processo de recrutamento e seleção é composto de diversas etapas e cada uma delas possui grande importância. Por isso, elas devem ser sempre cumpridas de modo correto.
No entanto, elas possuem características específicas que devem ser analisadas e adaptadas de acordo com as necessidades da empresa. Dependendo da situação, é possível, até mesmo, suprimir algumas partes do processo para otimizar a contratação.
Leia também: A Ficha do Candidato Ideal.
Algumas das etapas principais de processos de recrutamento e seleção padrão são as seguintes:
análise de necessidades;
prospecção dos candidatos;
triagem de currículos;
entrevistas;
testes e provas técnicas;
entrevista de seleção;
verificação de dados;
comunicação da escolha da empresa.
Confira cada uma delas em detalhes:
1. Análise de necessidades
O primeiro passo no seu processo de recrutamento e seleção é entender o que você procura, ou seja, quais são as necessidades da empresa e o que ela espera de um novo colaborador.
Com isso em mente, o setor de Recursos Humanos deve definir quais serão as funções a serem desempenhadas e quais as competências necessárias para realizar essas tarefas.
É possível fazer isso pelo desenho dos cargos. Este é um documento essencial que conta com informações valiosas que determinarão quais são as incumbências de cada função. Isso facilita e muito a contratação e até mesmo o dia a dia do cargo.
O que deve constar nesse documento:
Perfil profissional do cargo;
Competências desejadas para a função;
Atribuições e responsabilidades do cargo;
Horários benefícios e remunerações;
Outras informações importantes.
2. Prospecção dos candidatos
Tendo definidas as necessidades da empresa para a vaga, o próximo passo é buscar candidatos adequados para o cargo. É aí que começa efetivamente o recrutamento de talentos potenciais para a vaga por meio da divulgação.
Para isso, é imprescindível criar uma job description otimizada em publicações em redes sociais, sites especializados e agências de recursos humanos. Só assim você encontrará candidatos alinhados com o perfil.
3. Triagem de Currículos
Depois da prospecção, você, provavelmente, terá dezenas de currículos em mãos para analisar. Por isso, é necessário fazer uma boa triagem para separar aqueles currículos que não possuem perfil para a vaga.
Nessa etapa, é muito importante que a equipe de recrutamento e seleção faça uma análise cuidadosa, para, ao mesmo tempo, não desperdiçar energia com currículos inadequados, nem descartar profissionais com um bom perfil.
4. Entrevistas
Com os melhores currículos já em mãos, é hora de passar para uma etapa muito importante: as entrevistas pessoais. São nelas que você pode identificar as habilidades dos profissionais, analisar seus comportamentos e checar as informações de seus currículos.
Leia também: 10 Tipos de Entrevista.
Mas não perca tempo, pois essas entrevistas iniciais possuem a função de dar apenas um panorama geral. Por esse motivo, são rápidas e, em maioria, um pouco impessoais. Elas podem ser feitas até mesmo por vídeo ou telefone.
5. Testes e provas técnicas
Em quase todos os cargos, é necessário que seja aplicado algum tipo de teste ou prova técnica para avaliar a competência específica daquele futuro colaborador. No caso de funções mais específicas, pode ser adequado escolher, inclusive, mais de um teste.
Leia também: 11 Testes principais para o Recrutamento e Seleção.
A empresa pode optar por, desde provas de conhecimentos gerais e específicos, até simulações mais complexas em grupos para avaliar a capacidade dos candidatos.
6. Entrevista de seleção
Agora, com a lista de candidatos mais reduzida, é hora de fazer entrevistas mais pessoais e profundas, para realmente avaliar se o perfil do candidato se adéqua à proposta da empresa. Nessa entrevista, também é comum que os gestores estejam presentes, assim, eles poderão avaliar de forma mais direta as pessoas com quem eles irão trabalhar.
Acesse: 10 Tipos de Entrevista de Seleção.
7. Verificação de dados
Feita a escolha pelo profissional mais adequado para a vaga, chegou a hora de garantir que todas as informações passadas sejam verdadeiras e que não esteja nada fora de ordem com a documentação.
Para isso, é possível que o RH entre em contato com antigos empregadores ou se informe com a faculdade do candidato para saber se houve realmente a conclusão de certo curso. É nessa hora também que podem ser solicitados documentos comprobatórios, como diplomas.
8. Comunique a escolha da empresa
Depois do longo e árduo processo de contratação, chegou a hora de comunicar ao profissional que ele foi escolhido para ocupar a vaga. Nesse momento, o setor de RH deve convidá-lo para realizar todos os trâmites necessários e preencher todos os documentos para o cargo, bem como realizar exames de admissão e ambientar o colaborador na empresa.
Além disso, é importante dar um feedback (retorno) aos candidatos que não foram escolhidos. Essa resposta deve ser cordial e clara, explicando, de maneira breve, o motivo pelo qual ele não foi escolhido para vaga.
Caso seja necessário, também é possível adicionar novas etapas ou até mesmo melhorar as existentes com a adição de subprocessos. Assim, você terá um recrutamento mais preciso e focado no que você necessita.
Quem são os profissionais do Recrutamento e Seleção?
O processo de recrutamento é composto de diversos profissionais, cada um desempenha sua função e traz habilidades únicas na hora de escolher um novo colaborador para o negócio. Entre eles, podemos citar os cinco principais:
1. Recrutador;
2. Business Partner;
3. Headhunter;
4. Analista de recrutamento e seleção;
5. Psicólogo.
1. Recrutador
O recrutador é aquele que tem a função de atrair profissionais para trabalhar na empresa, usando, para isso, técnicas de recrutamento e seleção. Por possuir um bom conhecimento sobre a empresa, esse profissional é a figura central do recrutamento e seleção. Ele conhece bem a cultura da empresa e sabe escolher o perfil ideal para cada vaga.
No entanto, ele não trabalha sozinho. Suas escolhas são feitas sempre em parceria com o requisitante da vaga, que é, normalmente, um gestor. A qualidade do seu trabalho em relação ao processo de recrutamento e seleção é, normalmente, medida pelo índice de turnover. Esse número se refere à permanência dos funcionários que ele contrata, bem como à rotatividade na empresa.
2. Headhunter
Como o nome já diz, em tradução literal, o headhunter é um “caçador de cabeças”. Isso quer dizer que este profissional tem a função de caçar indivíduos que sejam adequados para determinadas vagas, normalmente, com pré-requisitos muito específicos.
Ele, assim como o recrutador, deve conhecer bem a empresa, já que determina o fit com a vaga e possui liberdade para fazer propostas em nome do contratante. Em resumo, é o headhunter quem faz o primeiro filtro para a empresa.
Mas isso não é uma tarefa fácil. Normalmente, ele deve possuir uma extensa rede de contatos, bem como uma capacidade analítica incrível. Por esse motivo, o headhunter é muito bem pago e só é contratado em situações mais específicas.
3. Business Partner
Em tradução literal do inglês, business partner significa parceiro de negócios. Ou seja, seu papel no recrutamento e seleção é de garantir a eficiência da seleção para atingir melhores resultados no negócio.
Com isso, há uma maior aproximação entre os profissionais de R&S e a área de negócios da empresa, o que faz com que a escolha do funcionário seja ainda mais acertada.
Eles são colaboradores com habilidades específicas que vão além do domínio de conhecimentos de RH, por isso, podem fazer escolhas otimizadas de funcionários para atender as necessidades de negócio da empresa.
4. Analista de recrutamento e seleção
Diferente dos outros profissionais citados até agora, esse integrante da equipe de recrutamento e seleção tem competências mais técnicas e trabalha em diversos níveis do processo.
Ele está presente tanto na seleção interna, externa ou mista. Isso porque é ele quem vai garantir que os contratados atendam às especificações desejadas. Mas, além disso, ele trabalhará organizando o processo e dando feedbacks aos candidatos recusados.
5. Psicólogo
Outro participante do processo de recrutamento e seleção que desempenha um papel extremamente importante é o psicólogo. A ele cabe a função de determinar se o candidato possui o perfil psicológico para a vaga.
Muitas vezes, empresas não possuem um psicólogo próprio em seus processos de R&S. Isso pode fazer com que as análises feitas por clínicas sejam muito genéricas e não busquem a fundo o melhor perfil para a vaga.
Desse modo, um psicólogo do departamento de Recursos Humanos bem preparado é um ativo muito valiosos para a empresa, pois só ele será capaz de entender se aquele colaborador realmente dará conta do trabalho a ser desempenhado mentalmente e tem o perfil para isso.
Quais são as responsabilidades e habilidades do Recrutador?
O profissional que atua como recrutador precisa, primeiramente, conhecer a fundo a empresa para qual está realizando o recrutamento. É necessário estar a par da cultura organizacional, se familiarizar com os processos dos cargos, conhecer os departamentos e, principalmente, estar alinhados com os gestores do setor.
Desse modo, será muito mais fácil traçar o perfil buscado e encontrar um candidato ideal para ocupar a vaga na empresa que atenda todos os critérios e competências necessários.
Como otimizar e melhorar o processo de recrutamento e seleção?
Realizar um processo de seleção e recrutamento é um verdadeiro desafio. No entanto, apesar de todas as dificuldades, é preciso ser assertivo sempre para não desperdiçar recursos valiosos.
O primeiro passo nesse processo é avaliar onde e como vai anunciar essa oportunidade de emprego. Essas duas questões são básicas, mas muito relevantes quando o objetivo é fazer a seleção do profissional correto, otimizar processos e diminuir taxa de turnover.
Não basta anunciar a vaga, seja criterioso e dê informações sobre os requisitos básicos e indispensáveis. Isso porque quanto mais criterioso for o seu anúncio, com informações sobre experiência e conhecimentos desejados, melhor será o filtro de candidatos.
Tão importante quanto saber como e onde anunciar a vaga é conhecer as principais técnicas de recrutamento e seleção. Pois são elas que filtram os candidatos até que sobre somente o verdadeiramente mais qualificado para vaga.
Quais são as principais técnicas de recrutamento e seleção?
1. Encontre candidatos no LinkedIn
Uma das técnicas de recrutamento e seleção mais comuns consiste em anunciar a posição em aberto em um site de vagas. Desse modo, os candidatos poderão se inscrever nas vagas livremente e você terá uma gama de opções mais ampla.
Este método pode ser trabalhoso, já que serão centenas de currículos enviados. No entanto, em ferramentas como o LinkedIn, é possível melhorar a eficácia colocando certos filtros e requisitos para a vaga.
Segundo estimativas, cerca de 90% dos profissionais de nível superior utilizam o site. Por isso, ele é um ótimo meio de selecionar os candidatos mais qualificados sem precisar fazer uma extensa triagem de currículos.
2. Busque indicações
Outra maneira de encontrar bons profissionais sem precisar divulgar a de forma extensa é buscando indicações dentro da empresa. Afinal, pessoas que já estão familiarizadas com o ambiente da organização e com as atribuições do cargo são as melhores para recomendar alguém que se encaixe nas características buscadas para vaga.
No entanto, não é só porque um candidato foi indicado que ele necessariamente deve ser contratado. Caso o RH não avalie positivamente o perfil do profissional, o melhor a se fazer é abrir um processo seletivo completo ou recorrer ao recrutamento interno.
3. Análise comportamental
Conhecer bem o perfil do candidato é fundamental na hora de fechar uma contratação. Por isso, a análise comportamental estão entre as técnicas de recrutamento e seleção mais modernas e úteis da atualidade.
Por meio de gráficos e relatórios detalhados, o RH pode verificar as experiências do profissional, avaliar se suas atitudes estão alinhadas com o cargo e estimar sua capacidade de atingir os objetivos propostos. É um investimento que vale a pena, pois diminui a margem de erro na hora de contratar, gerando redução de custo.
É necessário um bom profissional om uma tecnologia de assessment altamente confiável para uma análise comportamental que irá de acordo om o indivíduo ou equipe.
4. Aplique testes nos candidatos
Testes são ferramentas indispensáveis quando se trata de um processo de recrutamento e seleção. Há dois tipos de testes principais que podem ser aplicados em um candidato dentro de um processo seletivo: o teste psicológico e o teste de conhecimentos.
Os testes psicológicos são feitos por psicólogos ou em clínicas especializadas, e servem para analisar aptidões como raciocínio lógico, saúde mental, inteligência emocional e tipo de personalidade. Existem também versões online dessas avaliações. Nelas, a metodologia aplicada é a mesma, mas de forma simplificada e adequada ao contexto organizacional.
Já os testes de conhecimentos são aplicados quando a empresa procura por um profissional com bastante experiência ou habilidades muito específicas. Existem em muitas versões, tanto teóricas quanto práticas, e oferecem ao avaliador uma visão muito clara do desempenho do candidato nas competências desejadas.
5. Proponha dinâmicas de grupo
As dinâmicas de grupo são uma ótima maneira de observar como os candidatos interagem com outras pessoas. Nelas, os profissionais são desafiados a tomar decisões que podem envolver crises ou até mesmo seus próprios valores morais.
Por isso, este tipo de exercício é perfeito para avaliar o perfil do candidato para além de uma fala ensaiada ou do que está escrito em seu currículo. É uma forma de tirar os candidatos da zona de conforto, por meio de elementos surpresa ou momentos lúdicos.
Vale destacar que é importante sempre escolher dinâmicas que respeitem as individualidades de cada candidato, evitando constrangimentos desnecessários.
6. Faça boas entrevistas
Apesar do grande número de novas técnicas de recrutamento e seleção disponíveis, a entrevista continua sendo a principal ferramenta para conhecer um candidato, já que dá a abertura para entender e analisar quem você está contratando. No entanto, é preciso que estas entrevistas sejam bem feitas e utilizem um formato apropriado para o tipo de cargo em questão.
Dependendo da etapa da seleção e da estrutura empresarial, podem haver diferentes modelos, como entrevista em grupo, padronizada ou por competência, entre outros.
Geralmente, a última etapa de um processo seletivo consiste em uma entrevista individual com o gestor da vaga, que é quem toma a decisão final.
Uma boa dica é aproveitar ferramentas como Skype ou Google Hangouts para realizar entrevistas online nas primeiras fases de um processo de seleção. Assim, a empresa e os candidatos economizam tempo e reduzem custos.
7. Defina a cultura da empresa
Existem muitos casos de funcionários com currículos impecáveis que são contratados e rendem abaixo do esperado, ou até mesmo decidem sair da empresa logo após a contratação.
Muitas vezes isso acontece pela falta de alinhamento com a cultura da empresa. Isso quer dizer que o funcionário não se deu bem com os valores da empresa, o modo como os gestores atuam e o dia a dia no ambiente de trabalho.
Para evitar esse tipo de problema, é preciso ter esse conceito bem definido e deixá-lo claro para os candidatos durante as entrevistas. Assim, você diminuirá o turnover e aumentará a produtividade.
8. Adapte o candidato à dinâmica de trabalho
A montadora norte-americana Tesla aplica em seus processos seletivos uma ideia inovadora e muito interessante. Em vez de entrevistas em grupo, testes ou dinâmicas, o candidato é convidado a passar um dia inteiro de trabalho com a equipe.
Durante esse processo de seleção, o candidato executa tarefas cotidianas da vaga e responde perguntas sobre o negócio da empresa. O método traz benefícios para os dois lados. O gestor pode avaliar o desempenho do profissional na prática, e o candidato pode conhecer quais são as condições de trabalho da empresa e o que será esperado dele no cargo. As chances de acerto aumentam consideravelmente!
Este método, no entanto, não precisa ser colocado em prática dessa maneira. Para utilizá-lo, você pode criar adaptações mais simples que foquem nos dois objetivos principais: avaliar as habilidades do candidato na prática, bem como conhecer seu perfil.
O que é recrutamento e seleção tecnológico
É basicamente, a aplicação de tecnologia nos processos de atração e seleção de candidatos para vagas, fazendo com que sejam mais ágeis e precisos.
Somente 14% das contratações realizadas apenas numa boa entrevista obtiveram sucesso.
No recrutamento tradicional, era necessário levar muito mais tempo para chegar à contratação ideal. Com o recrutamento e seleção tecnológico é possível automatizar processo, reduzindo o tempo para contratar.
É uma prática que além de otimizar, é capaz de aplicar uma visão mais estratégica e inteligente à seleção de candidatos, já que leva em consideração diversos fatores como interesses pessoais e estrutura das relações de trabalho da atualidade.
Utilizando esses novos métodos fica muito mais fácil realizar uma contratação correta. Ainda não se convenceu? Saiba, logo abaixo, porque utilizar a tecnologia no recrutamento e seleção.
Por que utilizar a tecnologia no recrutamento e seleção?
A tecnologia, atualmente, é uma grande aliada nos processos de recrutamento e seleção. Ela torna toda a rotina envolvida na contratação de novos funcionários muito mais prática e dinâmica, o que gera economia de tempo e dinheiro.
1. Big Data e People Analytics
Muitas empresas já utilizam softwares de vídeo para fazer parte do processo de seleção. Mas o uso da tecnologia vai para muito além disso. Hoje, o RH usa até mesmo tendências mais modernas como a utilização de Big Data e People Analytics.
O que é isso? Em resumo, podemos dizer que essas técnicas se relacionam a análise do comportamento dos colaboradores por meio de interpretação de dados de uma organização. Essas estratégias são usadas para prever comportamentos e melhorar questões internas, como é o caso do índice de turnover.
2. Machine Learning e Inteligência Artificial
Além disso, tecnologias como Machine Learning e Inteligência Artificial também vem ganhando destaque nos processos de recrutamento e seleção como forma de selecionar perfis de forma mais otimizada, bem como para avisar da necessidade de contratação.
Com isso, é possível otimizar os processos de contratação, automatizando tarefas que despendem muito tempo. Com o Machine Learning e a Inteligência Artificial, os sistemas precisam cada vez menos de ajustes, o que faz com que a contratação seja ainda mais rápida e precisa.
3. Softwares de gestão
Outra opção tecnológica, que é mais comum, são os softwares de gestão, que pode ser especificamente de recrutamento e seleção. Eles são ótimas soluções para deixar as etapas dos processos mais inteligentes, reduzir custos e economizar tempo.
Esses softwares existem em diversos modelos e tipos, por isso, é necessário saber exatamente qual processo interno da gestão sua empresa deseja otimizar e, a partir disso, buscar o software específico mais indicado.
4. Banco de dados e mural de vagas virtuais
Por fim, vale mencionar também que tecnologias mais tradicionais, como os bancos de dados, continuam tendo grande valor e estão sendo cada vez mais utilizadas na seleção de candidatos.
Isso porque, com os avanços tecnológicos, esses elementos passam a ser virtuais, o que faz com que eles sejam capazes de guardar cada vez mais currículos e também de filtrar perfis de acordo com o cargo visado.
Quais são os indicadores de sucesso do recrutamento e seleção?
Simplesmente contratar um novo funcionário, para ocupar rapidamente uma vaga, não quer dizer que a empresa obteve sucesso no processo de contratação. É preciso considerar a qualidade dessas contratações uma vez que “escolher errado” atrapalha mais a empresa do que ter uma vaga em aberto. Confira quais são os indicadores de sucesso do recrutamento e seleção:
1. Índice de turnover
O índice de turnover é medido pelo número de admissões e demissões. Ele um dos primeiros aspectos avaliados para saber se os processos de recrutamento e seleção são eficazes.
Um turnover elevado, normalmente, demonstra que há erros na contratação, já que, se a pessoa fosse a ideal para a vaga, teria permanecido mais tempo. Deve-se analisar também se o turnover é voluntário ou não, ou seja, se as pessoas estão pedindo demissão ou sendo demitidas.
O turnover voluntário pode ser ainda mais preocupante, já que ele é aquele que parte do colaborador. Isso porque essa decisão do funcionário, normalmente, é influenciada pela má gestão da liderança, conflitos internos, salários e benefícios pouco atrativos, entre outros motivos.
Outro ponto que pode ser alarmante é uma alta taxa de demissão de contratações recentes, que pode significar que todo seu processo de contratação foi ineficaz, já que o candidato não ficou nem o mínimo de tempo para valer a pena o seu processo seu recrutamento e seleção.
2. Taxa de sucessão
Outro índice ao qual deve-se prestar bastante atenção é a taxa de sucessão. Ela trabalha relacionando quantos foram os talentos da empresa que seguiram para cargos de liderança. Ou seja, ela serve para analisar se os funcionários estão sendo capaz de subir na hierarquia da empresa. É essencial para saber o sucesso de recrutamento, principalmente, analisando em relação ao médio e longo prazo.
3. Taxa de atratibilidade
A taxa de atratibilidade é uma das métricas de sucesso que pode enganar à primeira vista, isso porque um alto volume de candidaturas para as vagas anunciadas pode dar esperanças de achar um candidato perfeito facilmente.
No entanto, isso nem sempre acontece. Se a vaga anunciada não for corretamente divulgada, você pode acabar com um grande número de inscritos que não se adequam às necessidades do cargo.
Por esse motivo, é preciso analisá-la sempre em conjunto com os outros indicadores e não apenas como um número absoluto de inscritos no processo.
4. Estratégia de atração de talentos: bem-estar financeiro
Vivemos em uma época em que o RH deve assumir, de vez, o seu lado multifuncional e estratégico para a qualificação da força de trabalho de suas empresas. Muitas vezes, assumindo as rédeas de condições externas ao ambiente de trabalho, mas que impactam na rotina profissional. É o caso do bem-estar financeiro aos funcionários.
E como exemplo desta prática, uma nova modalidade chegou ao mercado brasileiro – o salário sob demanda. A pesquisa CareerBuilder, conduzida em 2017, atestou que 78% dos entrevistados mal conseguem liquidar as contas com o seu ordenado.
Além disso, dos mais de 3 mil entrevistados, cerca de ¾ deles também atestaram que estão com uma ou mais dívidas acumuladas. Sinal claro de que algo precisa ser mudado, concorda?
5. Time to Hire (TTH)
Esse termo em inglês se refere ao tempo entre o início e conclusão do processo de contratação. Ela é uma métrica importante para saber se os recursos estão sendo utilizados de forma eficaz. O ideal é sempre buscar TTH reduzidos, já que um longo tempo gasto para contratar significa lucro reduzido. No entanto, esta também deve ser uma métrica analisada de forma conjunta, já que uma contratação rápida só é válida se ela for realmente ideal para o cargo.
6. Personal Cost (PECO)
Essa métrica precisa sempre de uma análise detalhada e minuciosa, pois ela se refere ao total dos custos relacionados às pessoas X faturamento. Ou seja, ela trata dos gastos do processo. Se um processo é muito dispendioso financeiramente, isso quer dizer que ele não está cumprindo seu papel da melhor forma. Por isso, é preciso analisar se o dinheiro está sendo aplicado de forma inteligente e correta.
7. Taxa de absenteísmo
A taxa de absenteísmo refere-se ao número de horas de trabalho perdidas, seja por faltas ou atrasos, justificados ou não de funcionários no ambiente de trabalho. Ela é muito relevante na avaliação do recrutamento e seleção, pois mede se o funcionário realmente está trabalhando.
Caso essa taxa seja alta, quer dizer que você contratou alguém que não está sendo tão produtivo quanto deveria e, por isso, deixa de gerar lucros para a empresa. Ninguém quer que isso aconteça, não é mesmo?
Como conseguir resultados com o recrutamento e seleção?
Um bom processo de recrutamento e seleção é o que diferencia a empresa em um mercado que está cada vez mais competitivo. Isso porque escolher o profissional certo, através de um planejamento estratégico nas contratações, pode levar sua empresa à obtenção resultados reais. No entanto, não é tão simples quanto parece.
Para ter sucesso na seleção e recrutamento é necessário tomar cuidados e se dedicar a fundo ao processo, fazendo uso de tudo que está a mão, sendo capaz de até mesmo arriscar em algo novo.
Com base no nosso conteúdo reflita sobre onde a sua empresa vem errando no recrutamento e seleção. Coloque como meta principal atrair os melhores profissionais do mercado e encontrar estratégias para reter esses talentos.
A RHEIS Consulting possui um leque de soluções para o desenvolvimento pessoal e organizacional da sua empresa, dentre essas soluções é a análise do perfil e competências que sua empresa demanda de um candidato a vaga a ser preenchida. Consulte-nos.
Sugestão de Livros:
Planejamento, Recrutamento e Seleção de Pessoal (Idalberto Chiavenato);
Gestão de pessoas: recrutamento e seleção com foco em soft skills (Maria Odete Rabaglio, Tiara Rabaglio Peres);
Recrutamento e Seleção de Pessoas: Estratégias e Práticas para o Sucesso (Davi Rodrigues Marques);
Gestão de pessoas: Práticas de recrutamento e seleção por competências - Ed Senac (Juliana Aparecida de Oliveira Camilo, Ivelise Fortim, Myrt Thânia de Souza Cruz).
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